Sou sintomas na minha multiplicidade.
Manifestação individual correspondente a cada visita,
mistério de adaptação.
Já não me importa mais o efeito, e sim a causa.
A raiz pela àrvore.
Um cansaço latente de entendimento na alma.
As perspectivas de mudança e ignorância sempre são interessantes, excluindo as finitudes mortais tocadas em aperto de um coração.
Inevitáveis por perfis de má-intenção, há quem faça; e existem as vítimas.
Explico: mão que o esmaga, como quem degola um passarinho.
Ele bate em sangue, aumenta o passo, perde a noção do ritmo. Dança sem querer mexer, na mão. Enfim, suja essa mão.
Acabou.
[Culpa de quem tentou se adaptar, pobre vermelho. Se tivesse permanecido na sua frequência, manteria o humor, a vida. Mas Darwin não perdoou também os membros dos corpos, uma vez parte de.]
Sou sintoma da minha multiplicidade.
Um ritmo errado, vontade de compasso.
Distancio-me dos encaixes, porque sufocam meus limites:
mas sempre anseio em saber quais são.
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"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos. "
Marcel Proust
Os "novos" são.... a não-adaptação, uma vez o contrário da regra!
(E sempre quando posso, fujo das mãos.)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
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Um comentário:
Me lembrou aqueles versos do Augusto dos Anjos "a mão que afaga é a mesma que apedreja". Como somos múltiplos, seres de desprezo e enlevo, amor e desejo, atração e repulsa, por que não prazer e dor num ato de mãos?
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